O presidente da câmara de Quixadá, vereador Pedro Baquit (PSD) falou em entrevista ao portal Revista Central sobre diversos assuntos envolvendo o seu nome e do seu tio, o deputado Osmar Baquit. Para o parlamentar municipal, está ocorrendo um jogo de ataques pessoais com objetivo direto de atingir o prefeito João Hudson Bezerra Rodrigues. Pedro está com pouco mais de dois meses à frente do Poder Legislativo Municipal de Quixadá, ele avaliou de forma construtiva a sua gestão, “tenho feito crítica a mim mesmo e aos outros vereadores, com intuito de melhorar a transparência dos recursos públicos e, pode ter certeza que, jamais vou me envolver com atos ilícitos, como alguns vereadores estão querendo”. Pedro disse que tem muitos projetos a serem desempenhados, mas, a falta de recursos daquele Poder coloca em ‘xeque-mate’.
Projetos
“Hoje, são 17 vereadores, tinha intenção de fazer uma reforma para criar mais 7 gabinetes, ampliar as salas do Procon e do Empreendedor Individual, dá uma estrutura maior para as pessoas que vêm a Câmara, além de realizar, trimestralmente, sessões nos bairros e nos distritos, além de um projeto social com a Faculdade Católica, inclusive, procurei o diretor para que, no dia das sessões itinerantes, tivesse uma grande mobilização social nos locais, mas a situação financeira da Câmara Municipal está atrapalhando ”.
Aumento dos vencimentos
“Éramos 10 vereadores, hoje 17, o aumento da folha de pagamento duplicou, porque os salários dos vereadores também teve reajuste, já o repasse da Câmara teve pequeno reajuste”.
Corte de assessores
“Os vereadores têm alguns benefícios, antes, cada vereador tinha um assessor ligado diretamente ao parlamentar, haja vista as despesas que subiram e tivemos que cortar. Eu convidei todos os vereadores para uma reunião e mostrei a realidade financeira, nessa reunião o nosso Contabilista fez uma explanação para todos nós, no gráfico, foi apontado que, se não fossem retirados esses assessores, mensalmente a Câmara teria um déficit de R$ 25.000,00 mil reais, ou seja, ficaríamos devendo e, sem um centavo para a manutenção da Casa do Povo”.
Pedro Baquit disse que, realizou ainda cortes na maioria dos contratos que existiam na Câmara, “consegui cortar pela metade, por exemplo, os custos com comunicação e internet, eram despesas fixa da Casa, para se ter ideia, só nos contratos de assessores, seriam mais de R$ 20.000,00 mil reais por mês, se somar no ano, chega a quase R$ 250.000,00 mil reais”.
Horas-extras
“Qualquer repórter tem liberdade para falar com os funcionários da Câmara, não foram retiradas as horas-extras, todavia, janeiro não foi pago por que ninguém trabalhou, inclusive, a Câmara estava de recesso e não é licito pagar hora-extra se o servidor não trabalhou”. O Paralmentar prometeu que, o funcionário que exercer função fora de sua carga horária, vai receber normalmente, “havia também um pagamento fixo de hora-extra, mesmo se o funcionário não trabalhasse, e isso é ilegal”.
Contratação de uma empresa de licitação
“Contratamos uma empresa para prestar assessoria durante todo o ano, porém, só será paga no mês que atuar. Todo o processo está legalizado e o nosso objetivo é sempre buscar transparência da coisa pública”.
Aluguel de máquina de Xerox
“Fizemos a cotação de uma máquina para a Câmara, haja vista que, é volumosa a tiragem de material para expediente, só que, o valor para que pudéssemos comprar fugia do orçamento atual da Câmara, e eu reafirmo, não existe contratação dessa suposta máquina, é mentira”. Deixou aberta a Câmara para qualquer pessoa consultar as suas últimas licitações para comprovar, “qualquer pessoa pode procurar um registro desse contrato e não vai encontrar, porque não existiu”, enfatizou.
Relação com os vereadores
Pedro Baquit disse que tem procurado manter uma boa relação, e reconheceu que o bloco de oposição teve aumento. Atribui que, alguns estão descontentes devido aos cortes em relação ao combustível, horas-extras e, principalmente, de assessores. “Alguns vereadores queriam que eu fizesse o que eles achavam que era certo. “Para se ter ideia, alguns queriam até que fosse colocado os seus assessores na folha de pagamento da prefeitura”.
Outra proposta seria retirar o assessor jurídico, “como eu vou gerir uma Câmara sem um assessor jurídico e um assessor contábil? Não vou me prejudicar para beneficiar alguns vereadores que querem assessores”.
Em sua avaliação, as denúncias a sua pessoa tem caráter pessoal e eleitoreiro, de alguns veículos de comunicação.
PROCON
A Câmara Municipal ainda não legalizou a criação do Procon, “o que existe é uma Comissão de Defesa do Consumidor e não o Procon propriamente dito, e nós vamos agora implantar, definitivamente, o Procon da Câmara”. Hoje existe um cargo de assessor jurídico do Procon, com contrato de R$ 2.000,00 mil reais, e com o novo projeto será dividido em dois cargos, conciliador e auxiliar, “o valor pago para os dois cargos será menos oneroso do que o atual”.
“Os vereadores sabem a situação real da Câmara, só que, alguns, estão querendo distorcer as coisas, fugindo até do seu papel como pessoa pública que é ser honesta com o seu mandato”. Pedro espera que os ânimos daquele Poder Legislativo sejam normalizados.
A Câmara Municipal de Quixadá transmite quinta e sexta a sua sessão ao vivo pela internet.
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